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7 de Maio, 2019
Ricardo Rodrigues
Começou a natação aos 6 anos. Fez musculação, jogou futsal e atualmente pratica crossfit. Aos 37 anos adora brincar com o filho, treinar ao ar livre com amigos e viajar.
Natural de
Porto
Idade
37
Altura
1,86 m
Peso
85 kg
Quando é que começaste a ter cuidado com a tua forma física e o que te levou a começar a treinar?
Desde cedo comecei a praticar desporto, gosto incutido pelos meus pais. Sempre tive uma grande paixão pelo futebol mas foi na natação que comecei: estive desde os 6 anos nas escolas do FC Porto e posteriormente no Clube Fluvial Portuense. Aprendi a gostar da modalidade, desenvolvi competências e acredito que foi aqui que me foi incutido o interesse pelo desporto.
Aos 18 anos, quando entrei na faculdade (FEUP) decidi abandonar a natação. Como sempre tinha tido uma vida ativa, tive que arranjar alternativas para continuar a prática desportiva, então comecei a fazer musculação e simultaneamente a jogar futsal. Período em que conheci muita gente e fiz bons amigos. O lado negativo desta investida no futsal foram as lesões que tive, com especial destaque para uma lesão grave no joelho, que exigiu intervenção cirúrgica. Ainda voltei a jogar mas as sucessivas lesões levaram-me a descartar de vez a sua prática. Altura que dediquei mais tempo à musculação e procurei aprender mais sobre esta atividade física.
No entanto, com o passar do tempo senti que algo na musculação não era o suficiente para me manter motivado e procurei algo que também incentivasse um lado mais competitivo: foi aí que surgiu o CrossFit. Já tinha curiosidade sobre esta metodologia de treino, via muitos vídeos e procurava saber mais, mas a informação era muito reduzida porque o crossfit é muito recente em Portugal e não havia sequer boxes a nível nacional. Até que houve um boom grande de boxes de crossfit, inscrevi-me no CrossFit Antas e dediquei-me a esta modalidade até hoje.
E atualmente, o que te motiva a treinar?
Treino essencialmente para me sentir bem, física e mentalmente. É um prazer treinar, e por isso organizo a minha vida profissional de forma a ter tempo para fazer aquilo que tanto gosto. Não treino tanto pela estética mas mais pelo condicionamento que o crossfit me dá: nunca deixa de me surpreender aquilo que o nosso corpo é capaz quando o treino é disciplinado e evolutivo. Tenho também a sorte de treinar com amigos e é gratificante também fazer aquilo que gosto com quem gosto.
Como é um dia típico para ti?
O meu dia começa por volta das 7h: tomo um pequeno-almoço nutritivo baseado essencialmente em aveia, frutas e ovos e começo a trabalhar por volta das 8h. Por volta das 13h almoço voltando a trabalhar da parte da tarde até normalmente às 17h/17h30. Por volta das 18h chego à box e começo o meu treino que dura normalmente 1h30. Chego do treino e janto. Normalmente deito-me por volta das 23h. No período pós-jantar aproveito para relaxar, ler ou mesmo Netflix são sempre boas opções.
Como é o teu estilo de treino semanal?
De momento, dedico-me 100% ao crossfit, tento sempre fazer pelo menos 5 treinos de 1h30 por semana, que são maioritariamente definidos pela programação que sigo. Normalmente a quinta e o domingo são os dias de recuperação, sendo que à quinta dedico o tempo a reforço muscular que julgo ser importante na prevenção de lesões. O domingo é o dia do descanso total, dia em que tento desligar-me do treino e apenas descansar.
Costumo treinar no CrossFit Antas, onde encontrei muita gente que partilha a mesma paixão que eu, e onde se vive o bom espirito de crossfit e onde fiz bons amigos. Chegando o bom tempo faço algumas atividades ao ar livre, muitas vezes com amigos.
Quais são os teus hábitos alimentares?
Acredito que a alimentação é a base. Acredito muito na máxima “nós somos aquilo que comemos”. Para quem pratica desporto julgo ser essencial uma alimentação cuidada e tento por isso ter uma refeição equilibrada, mas não sigo nenhuma dieta específica nem sou a favor de extremismos: essencialmente, evito os açúcares e fritos.
Com a ajuda de um nutricionista na elaboração do plano alimentar procuro que as minhas refeições tenham as quantidades necessárias de nutrientes, de forma a ter rendimento no treino. Normalmente a meio da tarde faço outra refeicão consistente, para me preparar e ter energia antes do treino. Faço uma cheat meal normalmente durante o fim de semana, onde aproveito para comer o que me apetece sem restrições, apenas porque comer é para mim um dos grandes prazeres da vida.
Em termos de suplementação tomo aquilo que julgo funcionar em mim: Ómega3, vitamina D, magnésio, proteína whey e hidratos após o treino. Em algumas fases, faço também suplemento com creatina.
Que influência tem o treino na tua vida?
Treinar é um prazer. Faço com que seja parte integrante da minha vida, porque vejo a saúde como um todo e considero que o treino é essencial para o meu bem estar físico e emocional.
Treinar ajuda-me a libertar grande parte do stress do dia-a-dia (tantas vezes fui treinar preocupado com alguma situação profissional ou mesmo pessoal e saio do treino a ver as coisas com mais clareza!), no entanto, a frequência com que o faço obriga-me a ter alguma regra na distribuição de tempo diariamente.
É claro que o nível de desempenho a que me comprometo tem impacto na minha vida, mas seja pelo equilíbrio que daí resulta ou pela diversidade de relações que se desenvolvem neste contexto, considero que este hábito se traduz numa melhoria geral a nível de relacionamentos pessoais e profissionais.
Que música ouves enquanto treinas?
Se soubesses o que sabes hoje, terias feito alguma coisa diferente?
Existe sempre algum momento da nossa vida que olhando para trás teríamos feito algo diferente, mas penso que isso acontece com toda a gente. De uma coisa tenho a certeza: ter integrado o desporto na minha vida foi a escolha acertada, porque me permitiu aprender muito e fez-me conhecer muitas pessoas que ainda hoje são parte da minha vida. Pensar que, pela partilha, posso ter tido algum tipo de influência em alguém para a sua prática é algo de que me orgulho.
Se teria feito algo de diferente no desporto? Bem… se pudesse voltar atrás talvez tivesse experimentado mais desportos mais cedo, principalmente os desportos aquáticos, aproveitando o meu background da natação. O surf, por exemplo, é um desporto que sempre tive particular interesse, embora a minha última tentativa de aprender não tenha sido a melhor! 😄
Algum conselho para quem esteja a começar?
O conselho que posso dar a alguém que esteja a começar a sua vida no fitness, ou especialmente no crossfit, é que treine sem queimar etapas: que tenham paciência porque tudo leva o seu tempo, e queimar etapas será um erro que poderá custar caro mais tarde.
Falo também por experiência própria e por aquilo que vejo, que devido ao lado competitivo que o crossfit fomenta, em determinados momentos, nem sempre se toma as melhores opções no treino que favoreça um crescimento mais consistente. Por aquilo que tenho visto, nomeadamente no crossfit, é um erro muito comum.
Procurem ajuda de bons profissionais, em Portugal temos excelentes profissionais que estão constantemente empenhados na sua formação e cujo apoio é fundamental numa fase inicial; e procurem um bom nutricionista caso tenham dúvidas sobre a melhor alimentação para otimizar os resultados, visto que a alimentação é tão ou mais importante que treinar para quem quer conseguir os seus objetivos.
Adora correr e é hiperativa por natureza. Já fez 3 meias maratonas e vai a caminho da quarta. É autora do blog Operação o ano inteiro. Tem 26 anos e é de Lisboa.
Empreendedor, natural de Braga. Co-fundador da Blue Avenue, marca portuguesa de calções de banho, e fundador da Bullitt Garage, estúdio de edição de motas e carros vintage.
Instrutor de Fitness e PT de 30 anos, natural de Braga. Aos 27 anos descobriu que tinha diabetes tipo 1, aprendendo a lidar e a incorporar o treino como parte da terapia.
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